Marcos Almeida nasceu em Belo Horizonte, no ano de 1983. Desde 2015, desenvolve intensa carreira solo, como cantor e multi-instrumentista, tendo lançado em 2016 dois álbuns ao vivo e, desde então, uma turnê vitoriosa com mais 30 mil ingressos vendidos, num total de 50 espetáculos em teatros pelo país e uma experiência internacional na Alemanha. Escritor nas horas, assina os livros "Retuíte - frases curtas de longa duração" e o conto "Natal nos Trópicos", além de artigos publicados em diversos projetos editoriais.

Sua nova turnê, a Tour 2024, começa já no dia 2 de maio em São Luís, no Maranhão. Serão oito capitais somente neste primeiro mês, percorrendo as cinco regiões do Brasil. Desde a última vez que pegou a estrada, o tempo da semeadura foi extremamente proveitoso. Ano passado, Marcos Almeida emplacou duas canções na novela ‘Vai na Fé’, da TV Globo: ‘Sê Valente’ e ‘Vem me socorrer’. Tocou também o projeto ‘Recanto - Canções Para Morar em Tempos Difíceis’, com releituras que passearam por Lenine (‘Paciência’); a cantora Anastácia (‘Tenho Sede’); a banda Los Hermanos (‘O Vencedor’) e Nelson Cavaquinho (‘Juízo Final’).

Nesse caldo cultural, ainda fomenta seu novo álbum autoral – que receberá no nome de ‘Calado’, com doze faixas, e com lançamento previsto para o fim deste ano. O primeiro single (‘Porão’) já foi gravado e está em fase de finalização. “A nova turnê embala e une todos esses projetos que venho trabalhando comigo nos últimos
tempos. Quero juntar minhas criações artísticas, meus projetos de releituras e minhas novas composições representando esse momento especial da minha carreira”, pontua.

Boa parte dos shows da Tour 2024 acontece em teatros ou espaços representativos de cultura nas respectivas cidades escolhidas. “Eu fiz essa opção artística lá atrás, porque me entendo como um cantor da palavra. Gosto dessa dimensão do palco e de, ao fim dos shows, conversar e trocar com o público sobre vários temas”.

Essa modalidade, conta Marcos, ele aprendeu com o ator Antônio Fagundes, depois de assistir a uma peça dele, e passou a adotá-la. “Achei isso tão incrível porque o público tem essa demanda de conversa. Então, faço o show, canto as músicas e, quando termina tudo, volto ao camarim para trocar de camisa, e me sento para conversar e ouvir muito”, descreve.

Em média, as apresentações duram 90 minutos. O tempo das conversas, no entanto, são impossíveis de serem calculadas. “Ficamos até sermos expulsos”, brinca o cantor.

Marcos Almeida possui mais de 50 canções autorais – o que provoca a famosa ‘dor de cabeça boa’ para fechar a setlist da turnê. A produção artística da Tour 2024 foi feita em parceria com o professor de música alagoano Vanderson Lopes, que também trabalha no novo álbum.

“São muitas músicas que trazem diferentes leituras para muitos significados da vida. Fizemos uma seleção na proposta que queremos empregar na turnê: trazer sonoridade, palavra e textura. É difícil falar de unidade, mas pensamos num projeto que aglutina essas forças”, assegura.

O toque filosófico de Marcos Almeida nasce da sua religiosidade cristã, embora refute qualquer rótulo que o reduza às suas crenças. “Minha fé permeia minha composição como algo estruturante. Penso a vida a partir de ensinamentos e exemplos religiosos. Não é um adereço que coloco e depois tiro quando é conveniente. Está em mim, como uma raiz. Me define, mas jamais me reduz”.